terça-feira, 20 de novembro de 2012

SINA.






Ela é a única, tão linda, tão bela.
Eu a vejo na rua, na fresta, janela,
Seminua, arisca gazela, 
Ingênua, casta donzela,
Luz da lua, meia-luz de vela,
Insinua, instigante revela,
Flutua, com disfarçada cautela,
Acua, e sorridente flagela,
Perpetua meu corpo no dela,
Tatua em mim a sua chancela,
Continua e sem pejo apela,
Me extenua, arranha , descabela,
E crua, se vai, e me desmantela!





sexta-feira, 16 de novembro de 2012

ORAÇÃO DO POETA EM TEMPO DE SECA





Pablo Neruda,
me acuda.
Mário Quintana,
seja bacana.
Fernando P'ssoua,
manda uma ideia boa.
Vinicius de Morais,
que é mais de um,
pois se um só fosse,
era Vinício de Moral,
Bandeira, Drummond, João Cabral,
Leminski, Cacaso, Chacal,
a coisa aqui vai mal...
Mandem-me a Musa,
de um verso inspirado,
vá lá que seja,
de pé quebrado,
Amém. – (Dário B.).







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