Senhor, de que estranho barro fui moldado,
onde o apanhaste distraído,
que não me dá desta vida o olvido
nem uma campa onde durma sossegado?
Fui feito parece sem cuidado
por um anjo de seu lavor já esquecido,
a fazer sua tarefa apressado,
como se tempo houvesse à ser cumprido.
Saí um vaso mal-feito, mal-acabado,
continente de tudo o que é sofrido.
A tristeza, angustia, medo e o pecado,
e todo o mal ainda não sabido.
Explica, Criador, à este desgraçado,
porque só dor este vaso tem contido. - (Dário B.).
Esse sim eu achei bom!
ResponderExcluirApesar das rimas previsíveis e pobres, tem vigor como uma prece!
Me encantou!
Quisera eu tê-lo escrito!
Mas nunca fui de escrever pra deus...