quarta-feira, 12 de setembro de 2007
VIVER.
Já estar aqui quando o Tempo não havia, e ser o homem que matou a morte. Não precisar nunca sacudir os ossos e o ócio. Nem carregar nas costas o peso de não saber ao menos 3 mil volumes e ter a tranqüilidade do livro ainda na barriga da árvore. Ignorar o canto do galo renitente que insiste em viver em meio aos prédios. Devorar a fome para torná-la inútil. Esquecer que só há uma jogada, contra os naipes marcados da morte. Acordar sempre de madrugada e chegar atrasado para tudo. Habitar a cidade dos ventos, ponto sem a essência da dor. O calmo mundo de antes, sem volta nem ida, com apenas uma porta de saída. Viver sem o medo de ter um medo maior pré-original. Clandestino, secreto, espontâneo, ter o poder de um pequeno deus. Viver enfim. – (Dário B.).
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Estar livre... Ser potentado... descompromissado... poder respirar... Ah, eu quero!
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