terça-feira, 22 de junho de 2010

ENORME

Enorme como o mar no mundo

como o firmamento que cobre o mar

como a luz que cega e guia

esta sensação de amar.

Sem dimensão e sem medida

sem vaso que a possa guardar

como conteúdo e continente

esta sensação de amar.

Tão miúda que indizível

tão invisível ao olhar

tão infinita quando chega

esta sensação de amar.

Traz consigo anseio e pressa

e vontade de saciar

súbita fonte de desejos

esta vontade de amar.

Quanto tempo, tanta espera

parece tão breve ao chegar

que traz consigo o medo

esta sensação de amar.

sexta-feira, 11 de junho de 2010

PAZ

Junto ao corpo nu da mulher que escolhi

com os olhos no céu

de todos os servos

o mais fiel.

Faço um bom lugar macio como paina

onde amar seja fardo leve

não de carregar

mas usufruir.

Não seja contenda a se empenhar

batalha sem quartel

onde palpitam feridas

cruas sem dor.

Antes lugar de doçura desesperada

deposito de volúpias

fonte de frêmitos

exaustão de gozos.

Onde se lavram as pazes do universo

ventos apaziguam loucuras

apascentam os espíritos

como dobres ao entardecer. – (Dário B.).

quarta-feira, 9 de junho de 2010

PEDIDO

Quando adormecida murmura meu nome, ilumina-me por dentro, morna voz a me ensinar a vida, inocente rosa-dos-ventos apascentada. Murmura um verso, uma canção, murmura uma alegria, a melhor, a mais pura, a mais doce caricia. Branco sobre carmim, negrume enovelado, os afilados dedos parecendo ainda me buscar. Quando despertares querida, não tarda e eu não resisto... Que a vida é breve, e o amor mais breve ainda. - (Dário B.).

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