segunda-feira, 23 de maio de 2011

POEMA PARA PEQUENA CHAMA.





Amor, que me cega e guia
na mais perfeita forma de beleza
que jamais em mim se abrevia
posto que é minha própria natureza.


Amor cujo fulgor vem da ausência
armadura feita de fragilidade
massa fermentada pela distancia
basta-se na sua santidade.


Amor travestido de Quimera
na falta faz-se em crueldade
no severo desgosto da espera
torna-se irmão da iniquidade.


Amor que resiste na esperança
ressurge sempre qual melodia
simples qual sorriso de criança
forte como o sol do meio dia.






sábado, 14 de maio de 2011

FESTA.


Eu amo você. Um amor sereno e ansioso, que vê com tristeza o tempo que passa e sabe da perda que isso é. Desesperado as vezes, que vira tudo de cabeça pra baixo e me faz vê-lo como queria que fosse. Onde você não sofresse por nada e nada manchasse o cristal do teu riso, e eu pudesse me ver nos teus olhos, sempre, sem medo. Você não imagina como é bonito quando canta sem querer um trechinho qualquer, ou a graciosidade quando distraída faz um passo de dança. E você não se dá conta. Me perdoa o jeito desastrado de mostrar carinho e dar tudo errado. Vaso de fina porcelana que tem dentro a tônica da aflição de sentir, a agonia de existir e ter que se atirar nos descaminhos desta vida, que vem e vão ao seu compasso. Tomar mãos que se desconhecem como numa festa farta. Mas são para ti as luzes desta festa, é nela que vai desaguar o teu rio, seja reincidente no crime de acreditar. – (Dário B.).
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