segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

FICA A DICA²




Este vale a pena uma visita: http://tucazamagna.blogspot.com/ Criatividade e ecletismo estão sobrando por lá, em alguns momentos parece que estou n'O Pasquim, de saudosa memória. 


terça-feira, 8 de novembro de 2011

FICA A DICA





A maioria já de deve, é claro, conhecer. Mas só pra ter o sentimento da missão cumprida vou deixar aqui a dica do blog Maria Clara. Tenho certeza quem não conhece vai gostar, e as doze Marias já tem inclusive um livro publicado, que é lógico faço questão de ter. Abraços.

domingo, 23 de outubro de 2011

CONVICÇÃO



Ela há de vir, envolta na sua finíssima palidez, e presente será ainda mais etérea do que o onirismo agora traz. De tão bela alvura, não a das flores nem a das nuvens, e sim aquela que faz inveja aos anjos. Não assusta por ser desconhecida, é antes uma nova fome com que me devoro, já saciado que estou de tempo. Virá branda e calma, nova mãe a me acalentar, a repor no lugar os delírios que pendem fora da alma, a aliviar o peso grande demais deste coração que carrego. Num relance colocará a minha frente a parca epopeia dos meus anos, soprará deles o cinza, e sorrindo dirá, mostrando as cores reaparecidas: nem custaram tanto a passar, não é? E eu convencido, me darei um meio sorriso como presente de despedida, já que sorrisos plenos não os tive durante a vida, e seguiremos juntos por alguns momentos, discutindo quem sabe, o lirismo que desperdicei. Depois, ela imponente e serena seguirá com seu sorriso tranquilo. E eu... – (Dário B.)






quinta-feira, 11 de agosto de 2011

DESPERTA




Acorda Poeta
Parasita da alma
Que a vida é um só momento
A vida é só tormento
É recolher os cacos da mãe
Que escaparam ao câncer
É vestir o corpo do pai
Que já não era o teu.

Acorda Poeta
Proxeneta da palavra
Que a vida é muco, bílis e escarro
Apoplexia, aborto e convulsão
Carquilha, petéquia, ulceração
Prurido no membro amputado
Célula vencida
Podridão.

Acorda Poeta de merda
Que na vida a tua ausência
Preenche uma lacuna
Estorvo, nada és, nada serás
Crês mesmo, que alguma falta farás?

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

O QUE?








E o que é que se busca afinal? A mulher companheira, amiga, amante, sem igual. O olhar do cão, muito mais que irmão, jamais animal. Café fresco, a cinza fresca, caída em cima do jornal. Um perfume boiando na casa, tornando a manhã ideal. A goiabeira, o pé de pitanga no fundo do quintal. Sol quente no rosto, cheiro da roupa quarando no varal. Um assobio que resuma todo saber musical. Olhar as folhas dançando conduzidas pelo mistral. No corpo a preguiça, moleza de feriado nacional. O Sol partindo, adeus irisado, fenomenal.  A noite, o escuro, o sossego afinal. Na prece um pedido, a busca de um carinho divinal. Um pouco de choro, o silencio, a alma imortal? Só quatro bons amigos, pra carregar o esquife depois da hora fatal. – (Dário B.).



sexta-feira, 29 de julho de 2011

O NÃO EXISTIR


Posso o ouvir o nada murmurando. Não fosse tão escura a noite talvez o visse. Tanto faz abrir ou fechar os olhos, é o mesmo nada, e sei tudo o que nele flutua. A consciência sorvida, o vasto frêmito do amor sugado, as sensações pilhadas. Meu corpo e meu sangue, um só rubro agravo. Tento ouvir algo dentro de mim, mas só escuto ecos da noite interna que tento calar, um surdo martelar ritmado que foge a razão. Um tragar aos sorvos a escuridão, onde não há antagonismos nem absurdos, não há nada. Um caos de universo impalpável, um vácuo, uma ausencia,  um nada que a tudo preenche. Talvez fosse assim o inicio, a síntese de tudo antes do Verbo. A Razão. O som do deslizar da lágrima pela face até a comissura dos lábios encobre o sussurro do nada. Bebo-me. – (Dário B.).




segunda-feira, 23 de maio de 2011

POEMA PARA PEQUENA CHAMA.





Amor, que me cega e guia
na mais perfeita forma de beleza
que jamais em mim se abrevia
posto que é minha própria natureza.


Amor cujo fulgor vem da ausência
armadura feita de fragilidade
massa fermentada pela distancia
basta-se na sua santidade.


Amor travestido de Quimera
na falta faz-se em crueldade
no severo desgosto da espera
torna-se irmão da iniquidade.


Amor que resiste na esperança
ressurge sempre qual melodia
simples qual sorriso de criança
forte como o sol do meio dia.






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