segunda-feira, 4 de fevereiro de 2008

ACONTECE.

ACONTECE. // Eu não posso. Não devo fazer. Mas acontece. De novo o exílio no teu corpo, na tua voz que me sossega a alma, o desejo ardendo em fogo brando, no teu cheiro que invento. A tua boca numa incandescencia rubra, o teu corpo transbordando em veneno. Eu não posso. Não devo. Mas a ação é diferente de quem a pratica. Bebo-me, no suor que pinga do lábio, devoro-me na fome do corpo, a alma pula como um feto febril, estanco o sangue vertido com minha sombra, e acontece. - (Dário B.).

Um comentário:

  1. Como nasceu o amor?~Não te esperava mais, maduro o mundo...Chegaste alegre, ligeiramente louco, deslizando na suavidade do tempo(Vicente Aleixandre)

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