Ela há de vir, envolta na sua finíssima palidez, e presente será ainda mais etérea do que o onirismo agora traz. De tão bela alvura, não a das flores nem a das nuvens, e sim aquela que faz inveja aos anjos. Não assusta por ser desconhecida, é antes uma nova fome com que me devoro, já saciado que estou de tempo. Virá branda e calma, nova mãe a me acalentar, a repor no lugar os delírios que pendem fora da alma, a aliviar o peso grande demais deste coração que carrego. Num relance colocará a minha frente a parca epopeia dos meus anos, soprará deles o cinza, e sorrindo dirá, mostrando as cores reaparecidas: nem custaram tanto a passar, não é? E eu convencido, me darei um meio sorriso como presente de despedida, já que sorrisos plenos não os tive durante a vida, e seguiremos juntos por alguns momentos, discutindo quem sabe, o lirismo que desperdicei. Depois, ela imponente e serena seguirá com seu sorriso tranquilo. E eu... – (Dário B.)
A delicada beleza das palavras quase supera a tristeza que permeia o texto. Entretanto, é essa tristeza que dá a esse teu sonho o tom de mistério lírico e envolvente.
ResponderExcluirAdorável.
Vc bem poderia me visitar e me dar o carinho e a honra de um de seus inteligentes comentários, né Dário?
Beijokas e uma linda semana.
...continuarei trilhando as sombras desses passos, tão inexoráveis como o ar que me adentra e afoga os horizontes,
ResponderExcluirabraço
a ausência de tua voz dá saudade... bom poder te ler de novo
ResponderExcluirBeijinho com admiração, alado!
Dario, que texto mais belo. Estou encantada!!!
ResponderExcluirAh, você está lendo "Memória de minhas putas tristes"? Eu amo essa versão da Bela Adormecida de García Marquez.
Vou te seguir.
Beijos!!
↓
ResponderExcluirBela Con.VI.cção!
Abraço!
:o)
Gostei de toda a construção, é linda, mas destaco a parte de já estar saciado de tempo. Sinto-me assim também, completamente saciada.
ResponderExcluirAdorei o que contou lá no meu post...rs
Não sei se já disse mas o título do teu blog é de uma doçura que encanta.
Um beijo, Dario.
seria então isso? assim calmamente?
ResponderExcluirPoeta fui remetido longe com teu poema até ouvi The Fool on the hills dos Beatles...com isso quero dizer que estais inspiradíssimo. Também um poeta dos bons tem essa magia em seu dom de transportar através de sua arte conceitual. De tão bela alvura, não a das flores nem a das nuvens, e sim aquela que faz inveja aos anjos. Maravilhoso.
ResponderExcluirBom dia!!!
ResponderExcluirDesculpe a demora em vir aqui, os últimos dias foram curtos pra mim... Mas aos poucos vou colocando a casa em ordem...
Beijos e um lindo final de semana
Ani
Quisera eu comentar uma poesia, um texto igual a voce, que pode escrever poesia em consequência de uma outra...
ResponderExcluirO que dizer do " lirismo desperdicado"? Quem nao o perdeu? Fazemos isso sempre, por medo, por duvida ou mesmo preguiça. Desperdicamos momentos que poderiam ser impares, inesquecíveis, pelo nada.
O texto soa triste, mas toda beleza pura traz felicidade.
Um abraço,
Suzana/LILY
P. S .: desculpa a falta de acentos.
Texto poético e maravilhoso.Gostei do meio sorriso...
ResponderExcluirBjs
Quero post novo, moço.
ResponderExcluir=*
quem dúvida do seu poder de persuasão?
ResponderExcluirum beijo convicto, querido!
ficarei aqui, a espera, na contagem dos versos em sentimentos expostos...
ResponderExcluirlindo...
beijos
fiquei curiosa pela tua escritura.
ResponderExcluirPensei que encontraria novidades...
ResponderExcluirMas, li o texto novamente, só que tudo mudou. Ele agora soou feliz, por incrível que possa ser, claro, eu mudei, de lá para cá, por isso, a releitura diferente. Gostei da palidez... gostei dela, e ela pode ser renascimento, feito nas cartas.
Um abraço,
Suzana/LILY