Um desses textos que só tem sentido para dois.
Contavam seus dias, todos os dias, antes de dormir. Ela,
como de lei em todas as casas brasileiras, sempre falava mais. Ele, ouvinte,
terno, às vezes briguento. Mas sempre amável. Tinham gostos parecidos, falavam
a mesma língua, apreciadores de Chico, partidários de Veríssimo. Iguais.
Amavam-se.
Desfilavam histórias, dissecavam amores, quanto mar na voz
daqueles dois, quantas memórias, quantos ais.
Eram os dois mais entre os dez mais.
Tamanha amplidão.
Um dia combinaram um dueto.
- Mas canto como vento no bambuzal!
- Canto como uma pata morrendo afogada!
Olha que isso dá samba, e que samba, dá-lhe pandeiro para
aqueles dois.
Duas rimas do mesmo soneto, ela quarteto, ele terceto.
- Carece de cantar bem não, meu nego!
Nós somos a canção.
Obrigado Ana Blue, amplidão tem esse teu coração sem tamanho.
concerto para vozes e amplidão,
ResponderExcluirabraço
↓
ResponderExcluirQuá! Quá! Qua...nto en.CANTA.mento!
Voz... de "taquara rachada" seria?!
Um AMIGO meu (que DEUS o tenha) dizia que o FAGNER tinha voz de taquara rachada.
Belo DUETO, Dario!
:o)
Play the song, San :)
ResponderExcluiramplidão linda!
ResponderExcluirbeijos
Um dueto e tanto! rs adorei.
ResponderExcluirBeijos,
que lindo!
ResponderExcluirRealmente o somos!! Gostei!
ResponderExcluir[]s
Que lindo todo aquela sinceridade em forma: "- Fique esperta garota!" no meu blog, obrigada, obrigada mesmo! Deixei como post para o povo e linkei seu blog, PARABÉNS! ;)
ResponderExcluirSentido por todos, os dois, do mundo.
ResponderExcluirDá samba sempre!
Abraços!