sábado, 14 de maio de 2011

FESTA.


Eu amo você. Um amor sereno e ansioso, que vê com tristeza o tempo que passa e sabe da perda que isso é. Desesperado as vezes, que vira tudo de cabeça pra baixo e me faz vê-lo como queria que fosse. Onde você não sofresse por nada e nada manchasse o cristal do teu riso, e eu pudesse me ver nos teus olhos, sempre, sem medo. Você não imagina como é bonito quando canta sem querer um trechinho qualquer, ou a graciosidade quando distraída faz um passo de dança. E você não se dá conta. Me perdoa o jeito desastrado de mostrar carinho e dar tudo errado. Vaso de fina porcelana que tem dentro a tônica da aflição de sentir, a agonia de existir e ter que se atirar nos descaminhos desta vida, que vem e vão ao seu compasso. Tomar mãos que se desconhecem como numa festa farta. Mas são para ti as luzes desta festa, é nela que vai desaguar o teu rio, seja reincidente no crime de acreditar. – (Dário B.).

3 comentários:

  1. o delito de crer, esse final é incrível,

    abraço

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  2. Valeu a pena esperar pelo post... Senti falta de ler tuas palavras.

    P.S.: Mudei o endereço do blog. Agora me encontro aqui: http://mariintheskywithdiamonds.blogspot.com/

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  3. Lindo querido! Os seus versos sempre me tocam como uma brisa composta por Chopin. Beijos músicais pra vc.

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