Acorda Poeta
Parasita da alma
Que a vida é um só momento
A vida é só tormento
É recolher os cacos da mãe
Que escaparam ao câncer
É vestir o corpo do pai
Que já não era o teu.
Acorda Poeta
Proxeneta da palavra
Que a vida é muco, bílis e escarro
Apoplexia, aborto e convulsão
Carquilha, petéquia, ulceração
Prurido no membro amputado
Célula vencida
Podridão.
Acorda Poeta de merda
Que na vida a tua ausência
Preenche uma lacuna
Estorvo, nada és, nada serás
Crês mesmo, que alguma falta farás?
a inutilidade mais que necessária, não faz falta mas amplia ausências,
ResponderExcluirabraço
A mim sempre fazes falta...
ResponderExcluir:)
Todo mundo quer ser apreciado, precisamos disso.
ResponderExcluir* Sempre bem-vindo ao Palavras, viu? E eu gosto de palpites, muitos. Fica à vontade! ;)
Beijo grande, moço.
É poeta a vida é assim um amor em vão, mas é bom! gostei claro do seu poema e muito estais numa evolução genial.
ResponderExcluirOlá, estou visitando seu blog pela primeira vez por indicação de uma amiga, a quem fico muito agradecido, pois estou impressionado com o que li aqui. É admirável a capacidade que você tem de transformar sentimentos, mesmo os ruins, numa beleza sublime através dos seus versos e prosas. Há uma grande intensidade no que você escreve, mesmo em se tratando de coisas do cotidiano. Isto é, você consegue ver a grandiosidade em coisas simples e, na minha opinião, isso é o que difere a verdadeira vida de uma simples passagem por esse planeta.
ResponderExcluirgosto do tom agressivo disso!!!
ResponderExcluirOi Poeta,
ResponderExcluirquanta pretensao temos, às vezes, em "sermos".
Teu poema é fortíssimo.
Outro beijo grande,
ótimo fim de semana!
Gosto de poemas fortes, intensos, feito grito na madrugada, porque perpetua na alma.
ResponderExcluirO poeta com certeza esta acordado e atento, mesmo que isso doa.
Um abraço,
Suzana/LILY
"Crês mesmo, que alguma falta farás?"
ResponderExcluirLembrei-me do poema "Elementar",
publicado no Doce de Lira há algum tempo
e também em Maria Clara: Universos femininos.
Minha indagação final foi:
o poeta acredita que existe?
Grande abraço,
Renata Aragão
- Confeiteira do Doce de Lira -
Adorei já estou te seguindo,beijos.
ResponderExcluirhttp://segredosnoblog.blogspot.com/