sexta-feira, 20 de agosto de 2010

MAS CONTEM...


Raio se libertou

Clareou

Muito mais

Se encantou

Pela cor lilás

Prata na luz do amor. – (Djavan.).



Tem sombras que me visitam a noite

Tem um relógio batendo as horas.

 Contem à ela da minha tristeza

 em segredo, mas contem.

 De como sigo fingindo

 falando com palavras que não são minhas.

 Mas que vocês tem a certeza

 que sofro muito mas não mostro minha fraqueza.

 Que meus ombros não se curvam

 nem se amedrontam meus olhos

 que a dor é bem maior que isso

 que não há desonra ou vergonha que se iguale.

 Mas façam com que ela veja

 do invencível que tem dentro de si

 que é preciso estar atenta à todos os caminhos

 e se deixar levar como num vácuo

 porque ao longe vem a claridade da aurora.

 E se ela não entender precisam convencê-la

 desse dever que é o meu. - (Dário B.).

8 comentários:

  1. A maior virtude é se fazer fortaleza...
    Nas mais difíceis horas de fraqueza...
    É esboçar um sorriso, ocultando uma lagrima
    É despir a alegria, encobrindo a tristeza
    É sonhar com a volta da amada com a mais plena certeza
    [em segredo...]

    *Muito bom ler o que escreves...

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  2. Ah meu bem... já me contaram tudo... e já estou aqui, bem pertinho de você...
    Que bom que você postou esse poema, é muito lindo...
    Beijos, te adoro!
    =)

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  3. Pra você:

    Quero um beijo sem fim,
    Que dure a vida inteira e aplaque o meu desejo!
    Ferve-me o sangue. Acalma-o com o teu beijo,
    Beija-me assim!
    O ouvido fecha ao rumor
    Do mundo, e beija-me, querida!
    Vive só para mim, só para a minha vida,
    Só para o meu amor!

    Fora, repouse em paz
    Dormida em calmo sono a calma natureza,
    Ou se debata, das tormentas presa,
    Beija inda mais!
    E, enquanto o brando calor
    Sinto em meu peito de teu seio,
    Nossas bocas febris se unam com o mesmo anseio,
    Com o mesmo ardente amor!

    De arrebol a arrebol,
    Vão-se os dias sem conto! E as noites, como os dias,
    Sem conto vão-se, cálidas ou frias!
    Rutile o sol
    Esplêndido e abrasador!
    No alto as estrelas coruscantes,
    Tauxiando os largos céus, brilhem como diamantes!
    Brilhe aqui dentro o amor!

    Suceda a treva à luz!
    Vele a noite de crepe a curva do horizonte;
    Em véus de opala a madrugada aponte
    Nos céus azuis,
    E Vênus, como uma flor,
    Br ilhe, a sorrir, do ocaso à porta,
    Brilhe à porta do oriente! A treva e a luz - que importa?
    Só nos importa o amor!

    Raive o sol no Verão!
    Venha o Outono! Do Inverno os frígidos vapores
    Toldem o céu! Das aves e das flores
    Venha a estação!
    Que nos importa o esplendor
    Da primavera, e o firmamento
    Limpo, e o sol cintilante, e a neve, e a chuva, e o vento?
    Beijemo-nos amor!

    Beijemo-nos! Que o mar
    Nossos beijos ouvindo, em pasmo a voz levante!
    E cante o sol! A ave desperte e cante!
    Cante o luar.
    Cheio de um novo fulgor!
    Cante a amplidão! Cante a floresta!
    E a natureza toda, em delirante festa,
    Cante, cante este amor!

    Rasgue-se, à noite, o véu
    Das neblinas, e o vento inquira o monte e o vale:
    "Quem canta assim?" E uma áurea estrela fale
    Do alto do céu
    Ao mar, presa de pavor:
    "Que agitação estranha é aquela?"
    E o mar adoce a voz, e à curiosa estrela
    Responda que é o amor!

    E a ave, ao sol da manhã,
    Também, a asa vibrando, à estrela que palpita
    Responda, ao vê-la desmaiada e aflita:
    "Que beijo, irmã!
    Pudesses ver com que ardor
    Eles se beijam loucamente!"
    E inveje-nos a estrela...
    E apague o olhar dormente,
    Morta, morta de amor!...
    Beijo eterno

    Diz tua boca: "Vem!"
    "Inda mais!" Diz a minha, a soluçar...Exclama
    Todo o meu corpo que o teu corpo chama:
    "Morde também!"
    Ai! Morde! Que doce é a dor
    Que me entra as carnes, e as tortura!
    Beija mais! Morde mais! Que eu morra de ventura,
    Morro por teu amor!

    Ferve-me o sangue: acalma-o com teu beijo!
    Beija-me assim!
    O ouvido fecha ao rumor
    Do mundo, e beija-me, querida!
    Vive só para mim, só para a minha vida,
    Só para o meu amor!

    (Castro Alves)

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  4. Um poema brando
    com toda a altivez
    de um poeta sincero.

    forte abraço,
    meu camarada.

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  5. Muito bom o seu poema, meu jovem mestre-poeta. Novamente parabéns.
    ABC

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  6. Adorei teu blog! Belíssimo!
    Gosto de conhecer pessoas inteligentes, observadoras e sensíveis!
    Já estou te seguindo ...
    Se puder visita meu cantinho tb, que é feito com muito carinho.
    Bjs doces!

    *´¨)
    ¸.·´¸.·*´¨) ¸.·*¨)
    (¸.·´ (¸.·` *♥ Jussara Christina ♥*♥*♥*♥*♥*♥*♥*♥*♥

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  7. Puxa, mais um... e essa ausência que preenche tudo e nao cessa?

    Beijão de saudades!

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