sábado, 7 de agosto de 2010

POEMA A MODA ANTIGA.


Um a um ouvi teus passos
não era noite nem dia
tinhas já os olhos lassos
e no entanto, sorria.

Calma, suave e serena
a tua presença macia
trazia à mente a  Falena
que no meu peito dormia.

Buscaram meus dedos a pena
que aguardava esguia
mergulhada em negra alfena
pronta à libertar a magia.

Pus-me a imaginar a cena
que a minha mente envolvia
o verso como carena
amparando minha arcadia.

Mas fugiu-me a ideia amena
tão fugaz melodia
ao ver que a musa pequena
tão inocente, dormia.



4 comentários:

  1. Peguei-me a refletir sobre a poesia viva que dorme... pois a poesia vive nos seres... na palavra ela cochila... descansa e se encasaca de letras pra se aquecer.

    Ficou muito gracioso o poema... que até me deu vontade de dormir (é um elogio de uma magnitude imensurável esse). rsrs

    =*

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  2. Melódico... romântico... Delicioso... Perfeito...

    Ao contrário de Flor, eu fiquei bem desperta com a leitura... me deu vontade de dançar...

    Beijo!

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  3. No acalento de tuas cantigas, adormece a poesia...
    As protege em seus braços, no âmago da sua torre de vigia...
    Traz nas rimas de agora...a divina inspiração...
    da essência de outrora...entorpecidas de emoção...

    *O Dário não escreve...ele desenha as palavras...
    cria um cenário...[de vida, cores, e sonhos...]

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  4. gostei...leve como uma brisa.

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